Pressionar nos pés pontos que correspondem aos órgãos afetados pela síndrome menstrual traz alívio
Não é mágica, mas pode amenizar tensões pré-menstruais. A famosa TPM, gerada por alterações hormonais na mulher quando se aproxima o período menstrual, pode ser tratada através da união de duas técnicas orientais, a reflexologia e a massoterapia, controlando sintomas típicos do distúrbio, como insônia, ansiedade, mau humor e dores de cabeça e musculares.A reflexologia defende que todos os órgãos do corpo estão refletidos em diferentes pontos das plantas do pé que, quando pressionados, estimulam o funcionamento desses órgãos e aliviam dores.Os pés concentram uma infinidade de terminações nervosas sensíveis, chamadas zonas reflexas que, quando massageadas, enviam sinais para o cérebro ativando a circulação no órgão correspondente.
Energia fica estagnada nos canais corporais
No caso da TPM, o especialista aplica a massoterapia, fazendo pressão com as pontas dos dedos, durante dois minutos, nos pontos ginecológicos – correspondentes ao útero e ao ovário – dos pés. Presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, o acupunturista Aderson Moreira da Rocha explica que, na visão oriental, a TPM é uma estagnação dos fluxos da energia vital dentro dos canais energéticos do corpo, provocando a dor. A união dessas duas técnicas normaliza o fluxo energético, aliviando dores e tensões.Aprendendo a localização dos pontos e a que órgãos correspondem, o especialista recomenda que o paciente, todas as noites, faça a auto-massagem em casa.
Além da sensação de relaxamento, a pressão nos pontos da reflexologia induz o organismo a produzir endorfina, analgésico natural que neutraliza a adrenalina, responsável pelo estresse.“Antes de iniciarmos o tratamento, fazemos o diagnóstico para saber qual o nível de desequilíbrio de energia do paciente. Além de trabalharmos os pontos específicos dos pés, fazemos massoterapia em outros pontos para trazer maior sensação de bem-estar”, explica Aderson Rocha.Para o alívio imediato da TPM, é recomendado fazer aproximadamente 10 sessões depois do período de ovulação (a partir do 14º dia), mas o especialista alerta que esse não é o propósito da técnica.“Esse é um tratamento complementar e a longo prazo. As tensões diminuem progressivamente. Dependendo da gravidade do desequilíbrio da paciente, são necessários tratamentos complementares, como, por exemplo, o emprego de fitoterápicos (ervas medicinais)”, diz Rocha.
Fonte: Jornal O Dia - 19/04/2004
Fonte: Jornal O Dia - 19/04/2004
http://odia.ig.com.br/ciencia/ci190401.htm